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OLIVAL HONOR DE BRITO
( BRASIL – CEARÁ )
É cearense do Crato (CE) em 10/09/1931.
Formado em Direito e aposentado do Banco.
Possui várias poesias, entretanto, nenhuma publicada.
membro do Instituto Cultural do Cariri em Crato-Ce, e tem livros escritos com versos, poemas, trovas, poesias e crônicas.
Com o livro O Trovador, Olival Honor de Brito marcou sua chegada ao Instituto Cultural do Carirí, cujo Patrono é o Poeta Antonio Barbosa de Freitas e ocupa a cadeira de no.7 antes ocupada pelo Capitão Otacílio Anselmo Silva.
AS MELHORES POESIAS DO 1º. CONCURSO ONESTALDO PENNAFORT. Prefácio de Eliezer Bezerra. Brasília, DF: FEBAB, 1984. 89 p, 15 x 21 cm.
No. 10 189
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito,
em outubro de 2024.
NORDESTE
I
Abrasa a terra em fogo...No abandono
Dos campos ressequidos, há um brado
De sol e de calor, letargo sono
Que deixa exangues várzea, campo, prado.
O céu, uma queimada. Pelo espaço
Zurzindo, o fogaréu cresce abrasante,
Lançando sobre a terra chispas de aço
De fogo que lampeja causticante.
Agarram esqueléticos, exaustos,
Centenas de inocentes, vestes rotas,
Das mãe o magro seio, em longos haustos
Haurindo ao sangue seu últimas gotas.
Todo o terral em lágrimas soluça,
A seca — o desamparo, a fome, a peste!
E o sarcasmo da morte se debruça
Sobre as caatingas tristes do Nordeste.
II
Mas eis o céu de nuvens entumesce.
Respira a natureza um novo alento
E sobre a terra a chuva desce.
Transmuda-se em venturas o tormento.
O campo, a relva, tudo refloresce
Na floração do inverno. Num momento
De novo volta a paz, de novo cresce
A grama, a plantação, cresce o rebento.
A planície, a campina, tudo exulta.
E no seio da terra limpa e culta,
Germina a sementeira em gestação.
E o vento e a chuva sobre o matagal,
Cantam em duo o canto inaugural
Do alegre renascer do meu Sertão.
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Página publicada em novembro de 2024.
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